Nós podemos ser donos de muita coisa, mas sentimento é algo que não compramos, que podemos talvez não entender.
Certa vez deparei-me com um destes, era algo muito forte, confesso, que algo bonito, nunca tinha visto coisa igual a ele. Sabe? Essas coisas podem assustar, pode parecer mentira, engano, confusão, mas era estranho ver coisa tão bonita e não sentir. Juro que tentei muito sentir como ele sentia, ver-me como ele me via. O que era aquilo? Qual motivo de não ser também o meu? Era amor! É, amor. Quem sabe foi a primeira aparição em minha vida tão pouca vivida de um jovem de mais de 20 anos. Esse jovem não tava pronto para entender, muito menos sentir o sobro doce que é o amor, mesmo assim ele veio. Veio cheio de afeto, atenção, companheirismo, veio como quem faltava há muito tempo. A estranheza daquilo fazia presente desde de sua infância, ele que nunca tinha tido uma mão para segurar, recebeu uma vida que estava disposta fazer parte da dele. Só que não era o momento de ter uma mão, não aceitou, deixou tudo aquilo desfazer-se pelo ar. Não estava pronto para amar, mesmo sabendo quanto é bom ser amado.
Hoje parece o meu momento de ser o sentimento estranho na vida de alguém, parece que o mundo dá voltas, não é mesmo? Esse mundo além do mundo material é louco, esse mundo subjetivo, sentimental, afetivo, esse mundo tão de cada um. Nele os tempos podem ser diferentes. Essa pode ser a melhor resposta. Eu precisava sentir não antes, mas agora.
Sentimento é algo estranho, mas nos transforma, modifica, muda. Eles são donos deles mesmo e nunca por mais que desejamos faremos alguém sentir da mesma forma no mesmo tempo essa estranheza. O nosso dever é apenas sentir e o outro é livre para aceitar a estranheza da forma que ele mesmo ver. Se você tiver sorte, sentirá a mesma estranheza no mesmo momento, ou ser como muitos de nós com sua coisa estranha, apenas sua...
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